Longa-metragem gaúcho "Casa Vazia" é selecionado para a mostra "Goes to Cannes Marché du Film".
Longa-metragem de Giovani Borba (destaque) é selecionado para Goes to Cannes Marché du Film. Com linguagem híbrida entre ficção e o documental, filme tem como protagonista um ex-peão de estância.
Depois de participar do mercado de filmes do Festival Internacional de Cinema de Santiago (Sanfic 2020), o primeiro longa-metragem de Giovani Borba, Casa Vazia, foi selecionado para participar da mostra Goes to Cannes Marché du Film, na França. O filme é produzido pela jornalista e diretora de cinema Tatiana Sager (Central - o filme, 2017), da Panda Filmes.
A 9ª edição do Goes to Cannes exibirá uma seleção especial de 25 produções audiovisuais da Europa, Ásia e América Latina escolhidas a partir de cinco grandes festivais – Asia Film Financing Forum, New Horizons International Film Festival, Thessaloniki International Film Festival, SANFIC Industria, e Tallinn Black Nights.
É a primeira vez que o mercado de cinema de Sanfic, evento em que Casa Vazia foi selecionado, participa do Goes to Cannes. O filme de Giovani Borba, que está em pós-produção, será apresentado entre 6 e 12 de julho durante o tradicional Festival de Cannes. Conheça todos os projetos que serão exibidos: https://www.marchedufilm.com/projects/
O FILME - CASA VAZIA:
Definido como um neo-western pela Revista Variety, Casa Vazia é a primeira obra de Giovani Borba na direção e roteiro. A produção foi filmada no extremo sul do Brasil.
O longa-metragem expõe a vida de Raúl, um peão desempregado que vive numa casa isolada na imensidão do pampa. Região, atualmente, marcada pelo empobrecimento das famílias que vivem no campo. Nesse cenário, a violência rural é uma das consequências da industrialização na agricultura.
De acordo com o Giovani Borba, a tensão e a violência que acompanham a narrativa do filme, apresentada por exemplo, quando a tecnologia invade a área rural e transforma as relações de trabalho e humanas no campo é uma forma de refletir metaforicamente os "tempos em que estamos vivendo", ou seja, "uma reação aos eventos políticos que estão passando no Brasil".
Nessa área onde Rául mora, a tradição da criação de animais vêm sendo sobreposta por imensas plantações de soja e eucalipto. Cultivos que são muito nocivos ao meio ambiente com agrotóxicos e produção de transgênicos. Neste lugar, os trabalhadores do campo tentam se reorientar e lutar pela sua sobrevivência e preservar sua tradição.
A obra também chamou atenção pelo fato de empregar não-atores em frente à câmera, inclusive o protagonista. O personagem Raúl é interpretado pelo ex-peão de estância Hugo Noguera, selecionado em um teste realizado com moradores da região. Ele contracena com atores profissionais consagrados, como Araci Esteves, Nelson Diniz, Roberto Oliveira e Liane Venturella, que também assina a preparação do elenco.
Casa Vazia foi o único projeto gaúcho selecionado, no final de 2017, no edital PRODECINE 05 – Inovação de Linguagem. Antes disso, já havia sido selecionado em quatro eventos para desenvolvimento de projetos: MAFIZ (Malaga Festival Industry Zone), na Espanha, 7th International Coproduction Meeting (Brasil Cinemundi), em Minas Gerais, o Talent Campus do BAFICI (Buenos Aires Internacional Festival of Independent Cinema), na Argentina, e o Taller Andino do IBERMEDIA.
SINOPSE:
Raúl, um homem pobre e trabalhador do campo, de poucas palavras e traços rudes, vive na imensidão solitária dos campos do Pampa, no extremo sul do Brasil. A mão-de-obra tradicional da lida no campo já não serve mais aos patrões, donos das terras. Assolado pela pobreza e a falta de trabalho, ele se junta a outros peões para roubar gado durante a escuridão das noites no campo. Ao retornar de mais uma madrugada, encontra sua casa vazia. Sua mulher e filhos desapareceram. Fonte: Léo Sant´Anna - Assessor de Imprensa
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