A Fundação Nacional de Artes – Funarte homenageia as cantoras e compositoras Zilah Machado e Dona Ivone Lara, duas grandes referências do samba, nesta terça-feira, dia 13 de abril. Se estivessem vivas, elas estariam aniversariando. D. Ivone Lara completaria 99 anos e Zilah Machado, faria 93. Para enaltecer o talento dessas divas do samba, a Funarte presta uma homenagem a elas, neste dia especial.
Dona Ivone Lara: A cantora, compositora e instrumentista Yvonne Lara da Costa nasceu em 13 de abril de 1922, no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Mãe cantora, pai violinista e tios músicos reforçaram ainda mais o talento da jovem sambista. As rodas de choro organizadas na casa de seu tio Dionísio Bento da Silva e a interpretação de sua tia Teresa das cantigas (jongos) de escravos negros foram referências na musicalidade da artista.
Aos 12 anos, Yvonne Lara compôs Tié – nome de um pássaro que lhe foi dado de presente pelo tio Mestre Fuleiro. A denominação da ave e a expressão moçambicana “oialá-oxa” inspiraram esse primeiro trabalho, parceria com seus primos Fuleiro e Hélio. Aos 17 anos, foi morar no subúrbio de Inhaúma com seu tio Dionísio, com quem aprendeu a tocar cavaquinho. A cantora e compositora faleceu no dia 16 de abril de 2018, em um hospital no Rio de Janeiro.
Zilah Machado: A cantora, compositora, percussionista e atriz Zilah Machado nasceu no dia 13 de abril de 1928, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filha de uma lavadeira, a artista teve infância muito pobre e cheia de dificuldades. Sua primeira e mais importante referência musical foi o compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974), que a conheceu ainda bebê, e previa: “essa menina vai ser cantora porque já chora afinado”.
Em 1962, embarcou com a orquestra do maestro Délcio Vieira para uma temporada de três meses na Argentina. Devido ao sucesso do grupo, recebeu a proposta de trabalhar no México. De volta a Porto Alegre, venceu um concurso musical e passou a substituir Elis Regina, na Rádio Gaúcha. No ano de 1971, Zilah se mudou para o Rio de Janeiro.
Lançou, em 1979, seu primeiro LP, “Já se dança samba como antigamente”. Nele interpretou os sambas Manda embora a saudade, de Avarese; Eu não devia lhe procurar, de João Laurindo e Renato Araújo; Sonho na calçada, de João de Tal, Wilson Bombeiro e Anézio; No reencontro do bolero, de Neli Gonçalves; Juras de amor, de Matí e Malú; Sou Mangueira, de Pelado e Gibi; Não chore mais amor, de Luis Grande e Romildo; e O maioral da gafieira, de Nonô Criolo, entre outros. Com o sucesso do álbum, recebeu o Prêmio Lançamento do Ano, do jornal Copacentro, e também o o titulo de “Cinco estrelas da noite do Rio”.
Em 2000, Zilah lançou o seu terceiro CD Passageira da nave dos sonhos, com composições próprias. Seu último disco digital, Ziriguidum (2009), foi sucesso de público e crítica. A cantora Zilah Machado faleceu no dia 7 de janeiro de 2011, em um hospital de Porto Alegre,
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