Seis novos patrimônios culturais: Literatura de cordel, NE, Procissão do Senhor dos Passos, em Florianópolis (SC), Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (SP) Acervo Arthur Bispo do Rosário, os terreiros de candomblé Ilê Obá Ogunté Sítio Pai Adão, em Recife (PE).
Literatura de Cordel é o resultado de uma série de práticas culturais |
Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. Em todo o país, é possível encontrar esta expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas sobre acontecimentos vividos ou imaginados.
O tombamento do acervo do sergipano Arthur Bispo do Rosário também será avaliado nesta quarta-feira. Com uma vida repleta de mistérios, o artista ganhou destaque no universo da arte contemporânea sem querer. Seguindo as vozes que o ordenavam a reconstruir o mundo, deu início a suas obras, produzidas sem o propósito de serem consideradas culturais e que geraram debates sobre os limites entre a arte e a loucura. A coleção principal é formada por 805 peças, entre elas estandartes, indumentárias, vitrines, fichários, móveis, objetos (recobertos com fio azul ou não) e vagões de espera.
Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira |
A Procissão do Senhor dos Passos, da Igreja Católica, é realizada em Florianópolis (SC) há 250 anos e reúne em média 60 mil fiéis. Com duração de uma semana, sempre 15 dias antes da Páscoa, a celebração é marcada por momentos simbólicos, entre eles a Procissão do Encontro, o ápice ritual que encena a Paixão de Cristo e tem como momento máximo o sermão que marca o encontro entre o Cristo e sua mãe, na quarta estação da Via Crucis. A história da Procissão tem início com a chegada da imagem à cidade, então vila de Nossa Senhora do Desterro, em 1764.
Desde o período colonial, o rio Ribeira do Iguape, no estado de São Paulo, viu o cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz tornar-se o eixo estruturante do modo de vida de comunidades quilombolas que se instalaram nas suas margens. Esse modo de fazer roça e os bens culturais a ele associados integram o Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira.
Um dos primeiros terreiros de Xangô em Pernambuco foi o Ilê Obá Ogunté Sítio de Pai Adão. A casa possui uma relevância histórica para compreensão das religiões de matrizes africanas no Brasil. O nome é homenagem a um de seus sacerdotes: Pai Adão, um dos maiores propagadores do nagô pelo Recife, que ajudou a fundar outros terreiros e tornou-se referência na cidade.
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