Um dos nomes mais expressivos da arte moderna brasileira, Cândido Portinari terá, pela primeira vez, uma exposição individual na cidade de Roma, na Itália. A mostra "A mão infinita" levará à capital italiana 26 obras do artista, que fazem parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A exposição será de 7 de fevereiro a 22 de abril, na Embaixada do Brasil.
A mostra, a ideia é levar um recorte que permeie a trajetória do pintor desde a década de 30 até os anos 60. "A escolha de Portinari é muito feliz, afinal ele é um dos maiores artistas brasileiros do século passado, reconhecido internacionalmente. Como a cidade de Roma não havia recebido nenhuma exposição dedicada somente a ele, incluímos obras emblemáticas, como O Café (1935), um quadro fundamental e estruturante sobre o realismo.
Entre as obras selecionadas pela curadoria estão desenhos, pinturas, matrizes e fotografias, ilustrações desenvolvidas pelo artista para livros do Machado de Assis e José Lins do Rêgo. Além disso, também alguns estudos que Portinari fez para o painel Guerra e Paz, que está em exposição na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque".
Portinari
Nascido em Brodowski, interior de São Paulo, em 1903, Portinari era filho de imigrantes italianos e estudou posteriormente na Itália. Pintor e poeta, com forte inclinação a muralista, Portinari foi o único artista brasileiro a participar da exposição 50 Anos de Arte Moderna, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas (Bélgica), em 1958. Morreu no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava, quando preparava uma grande exposição com cerca de 200 obras a convite da Prefeitura de Milão (Itália).
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