Zika vírus: Fiocruz detecta ativo em saliva e urina; transmissão precisa ser confirmada.
RIO DE JANEIRO (RJ) BRASIL - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta sexta-feira que detectou pela primeira vez a presença do Zika vírus ativo em amostras de saliva e urina, mas os pesquisadores ressaltaram que ainda não foi comprovada a transmissão do vírus por esses meios.
A evidência, baseada na análise de amostras de dois pacientes com sintomas compatíveis com o Zika, sugere a necessidade de investigar a relevância destas vias alternativas de transmissão viral, de acordo com a Fiocruz.
"O Zika vírus foi encontrado de forma ativa, ou seja, com capacidade de infecção, na urina e na saliva", disse em entrevista coletiva o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, no Rio de Janeiro.
Gadelha frisou que ainda não foi comprovada a transmissão do vírus por saliva ou urina, daí a necessidade de estudos adicionais, que já foram iniciados mas ainda não têm previsão de resultado.
"Pode haver um vírus se replicando, crescendo, naquele meio e não necessariamente ele tem a capacidade de passar para outras pessoas atingindo o conjunto dos organismos", disse o presidente da Fiocruz.
De acordo com a pesquisadora Myrna Bonaldo, uma das líderes do estudo, é a primeira vez que se demonstra que o vírus está ativo na urina e na saliva de pacientes. "(Isso) abre novos paradigmas para entendermos as rotas de transmissão do Zika", disse ela.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência internacional pelo Zika em 1º de fevereiro, citando forte suspeita de relação entre o vírus em grávidas com a microcefalia.
Cientistas também estão estudando a potencial transmissão sexual do Zika vírus, após relato de um caso suspeitos nos Estados Unidos, assim como investigam a relação entre o Zika e uma rara doença neurológica que enfraquece os músculos e causa paralisia, Guillain-Barre. (Br.reuters\AgênciaFM).
Nenhum comentário:
Postar um comentário