Uma das grandes revelações da música paraense em 2012 tem sua biografia lançada em Belém do Pará, Brasil.
Ionete da Silveira Gama, ou Dona Onete, nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, é conhecida no cenário artístico, é tema do livro "Menina Onete - Travessias & Travessuras", escrito e editado pelo antropólogo Antônio Maria de Souza Santos e pela pedagoga Josivana de Castro Rodrigues. A sessão de autógrafos, lançado às 19h, no Hall Ismael Nery (andar térreo do Centur). A obra tem como enfoque principal a infância de Ionete, que viu o rumo de sua vida mudar completamente após os 70 anos, quando teve seu talento musical reconhecido no Brasil e no mundo.
O compromisso de levar adiante a tradição do carimbó romântico acabou por abrir-lhe as portas do sucesso. "Esse livro está sendo produzido há mais um e ano e meio, quando tive contato com a música e com a figura da Dona Onete. Fiquei muito impressionado quando vi aquela senhora de 70 e poucos anos cantando com uma vivacidade contagiante", conta Antônio de Souza Santos. Para o antropólogo, a vida de Onete é um símbolo de luta e esforço em prol da cultura regional. "Desde os quatros anos, em Cachoeira do Arari, ela já cantava junto aos foliões.
O livro "Menina Onete - Travessias & Travessuras" é o segundo volume da Coleção Ribeirinha, da editora Carpe Diem, que também já publicou um livro sobre os músicos de Abaetetuba, dos anos de 1930 a 1955, e lançará, nos próximos meses, uma obra de poesias ambientadas na região do Baixo Tocantins.
Dona do carimbó chamegado, Onete compôs a música "Mareia, mareia", que foi vencedora do prêmio Troféu Mestre Lucindo, na categoria "Carimbó de raiz", durante a terceira edição do Festival de Carimbó de Marapanim, em 2006. Foi descoberta pelo público por meio de parcerias com a banda Coletivo Rádio Cipó e, em 2011, subiu ao palco do Terruá Pará, em São Paulo, ganhando reconhecimento da crítica nacional. Em 2012, gravou o primeiro álbum, "Fetitiço Caboclo", um registro musical de mais de 70 anos de vida dedicados à música e à cultura paraenses.
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