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segunda-feira, 2 de março de 2009

Museu Guimarães Rosa:fotos M. Cardim

Farta memorabilia sobre o escritor mineiro é mais um atrativo para visitação ao museu, em Cordisburgo.

O Museu Casa Guimarães Rosa foi fundada em 30 de março de 1974, motivado pelo falecimento do escritor em 19 de novembro de 1967, três dias após se empossado na Academia Brasileira de Letras. Atendo as solicitações dos Intelectuais e amigos, que clamaram imediatamente por uma homenagem, e também para preservar a casa onde nascera e passara a infância em Cordisburgo, Minas Gerais. Concebido para ser um centro de referência da obra e da vida do escritor e também como núcleo de informações, lazer e estudos pesquisa. Foi naquela casa, conhecida como a venda do ‘seu Fulô’, Sr. Floduardo Pinto Rosa, pai do escritor e diplomata, onde Guimarães Rosa vivenciou episódios que marcaram sua vida.

O museu ainda busca alternativas museológicas, onde uma nova conceituação para o museu será encontrada, como definir vetores culturais que sejam capazes de adaptá-lo às demandas contemporâneas. A intenção é situar o instrumento em uma perspectiva mais ampla de atuação, integrado o homem ao ambiente natural e cultural. A história do escritor é contada em cada cômodo da casa/museu através de farta memorabilia e documentação.

O edifício

No final do século XIX, princípio do século XX, era comum nas cidades do interior mineiro, a utilização das casas como residência particular e estabelecimento comercial. Assim foi construída a casa em que João Guimarães Rosa passou a infância, onde o pai do escritor, possuía a sua venda, tipicamente mineira. O prédio localizada na Rua Padre João, esquina com a Travessa Guimarães Rosa, é de arquitetura muito modesta, e apresenta varanda lateral, cunhais de madeira pintada, paredes de adobe, vãos internos em linhas retas e acabamento singelo. A vendinha do seu Fulô funcionou até em 1923, conforme informação do comerciante Elpídio Meirelles de Avellar, que o sucedeu. Em seguida, o imóvel passou para vários donos, e atendeu a diversas funções: bar e casa de jogos por exemplo. No ano de 1971 foi doado pelo Estado, e fora comprado das mãos de Idelfonso Rodrigues Costa, seu último proprietário.

Perfil G.Rosa/casamento


João Guimarães Rosa, antes de se tornara escritor famoso foi cônsul-adjunto do Brasil em Hamburgo, Alemanha, em 1938. O futuro escritor de sucesso no Brasil, era casado [não legalmente] com Aracy Moebius de Carvalho, e sabia que ARA oferecia ajuda aos judeus na Embaixada do Brasil naquele país.


A futura esposa de Guimarães Rosa alterava vistos para que os judeus entrassem no Brasil, pois a entrada no País haviam sido limitados pelo então presidente Getúlio Vargas motivado pelo rompimento com os alemães. Seu feito valeu-lhe uma alcunha ‘Anjo de Hamburgo’. Como ambos já haviam se casado uma vez, Aracy e Guimarães Rosas casaram-se em 1947, por procuração na Embaixada do México, no Rio de Janeiro. O casamento não era oficial, e isso dificultaria a indicação para que ambos trabalhassem na mesma embaixada. Em 1948, João Guimarães Rosa foi indicado como conselheiro da Embaixada brasileira em Paris, França.

Ao retornar, compraram uma casa em Copacabana, Rio de Janeiro. Foi nesse período em que ele escreveu suas obras mais famosas como 'Sagarana", Primeiras Histórias, “Grande Sertão: Veredas", que Guimarães Rosas dedicou para sua esposa ARA, que mora em São Paulo. Aracy completou, em vida, 100 anos em dezembro de 2008. O escritor faleceu em 1967. {Fotos: Maurício Cardim}

Obras

Magma - 1936,poemas. Não chegou a publicá-los.
Sagarana, 1946, contos e novelas regionalistas {estréia}.
Com o vaqueiro Mariano, 1947.
Corpo de Baile - 1956, novelas.
Grande Sertão: Veredas, 1956, romance.
Primeiras estórias, 1962, contos.
Tutaméia:Terceiras estórias - 1967, contos.
Estas estórias -1969, contos. Obra póstuma.
Ave, palavra -1970- diversos. Obra póstuma.

Para saber mais e contratar os trabalhos de Cardim:
http://www.formasemeios.blogs.com.br/ ,
 mauriciocardim@ig.com.br
 , franciscomartins@agenciaf.jor.br}
[11] 2848-3230 / 99847-9789

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