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segunda-feira, 11 de março de 2019

Casa de Rui Barbosa é aberto para visitação mediada

Passeio revela de curiosidades históricas e a variada fauna e de flora que compõem os 9000 metros de extensão do espaço. O jardim que cerca a Casa de Rui Barbosa é uma das joias do Rio do Janeiro. 


Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e protegido conforme as diretrizes das Cartas de Florença e de Ouro Preto (acerca de jardins históricos), o espaço guarda em seus 9 mil metros quadros um fragmento da história brasileira. Ali, por exemplo, há um frondoso exemplar de lichia, plantado pelo ilustre morador, que se mudou para a residência em 1893. É possível também ficar diante de uma árvore de pau-brasil, fincada no terreno, em 1930, pelo então presidente Washington Luís.

Esse pequeno oásis, cravado no pungente bairro de Botafogo, é a estrela do projeto Jardim em Foco, que, nos últimos dois anos, levou 1,3 mil pessoas a percorrerem seus cantos mais íntimos, numa visita mediada e cercada de curiosidades. O jardim é tão especial que, nessa visita, o participante nem passa pela espetacular casa onde morou Rui Barbosa. Neste mês de março, a atividade será neste sábado (9) e na quarta-feira (13), a partir das 14h30, com distribuição de senhas com 30 minutos de antecedência.

Flora \ cuidado 

A observação da flora e da fauna é um dos momentos mais apreciados desse projeto, idealizado por Nayara Cavalini de Souza. O xodó do público é um casal de tucanos que mora no jardim. Por ali, circulam também dezenas de micos e uma infinidade de pássaros, que se alimentam de frutas, como sapoti e manga, que são catadas pelas pessoas quando caem dos galhos. “Há peixes no lago e uma garça que vez por outra chega para pescá-los”, conta Aparecida.

Por ser um jardim histórico, há regras rígidas adotadas no espaço. Não se entra com bolas, bicicletas, não se pode subir nas árvores para pegar as frutas, nem fazer festas embaixo de suas copas. 

O passeio dura em média uma hora, mas pode se prolongar de acordo com a dinâmica das pessoas. Uma das curiosidades reveladas é sobre a perda do jardim lateral em 1926, numa ação do ex-presidente Artur Bernardes, que foi transformado numa rua para ligar as avenidas São Clemente e Assunção.


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