Rodrigo Santoro interpreta um Jesus Cristo bem humano no bom remake de "Ben-Hur"
Dirigida pelo russo-cazaque Timur Bekmambetov, a nova versão tenta modernizar a história de "Ben-Hur: Uma História do Cristo", romance de Lew Wallace, publicado em 1880. Essa era, aliás, a mesma tarefa da produção premiada há quase sessenta anos. No entanto, a desconfiança diante do novo longa acaba ajudando-o a despertar um sentimento inverso: o da surpresa pelo interessante resultado entregue, apesar de muitas irregularidades.
A trama começa com o acidente de Judah Ben-Hur (Jack Huston), só citado no anterior, para ajudar a compor o foco no relacionamento do nobre judeu com seu irmão Messala Severo (Toby Kebbell), um romano adotado pelo pai dele, governador da Judeia. Na temática, inclua-se ai um alto teor de competição, pois já existia. Com duas horas de duração, este remake não cabem os grandes diálogos das quase quatro horas da antiga produção, onde este Judah se mostra mais simpatizante da revolta dos judeus pela dominação estrangeira.
Filmando também na Itália só que sem o mesmo orçamento, guardando as proporções de cada época, daquela que era a maior produção do cinema até então, Bekmambetov não abusa tanto dos efeitos especiais, reservando-os para as sequências mais espetaculares nas galés e na tão famosa corrida de bigas, utilizando bem o 3D, além de investir na edição e na trilha sonora. Muito pão e circo, romano, porém, o que parecia bom, o ritmo do filme mantido até então pelo roteiro, direção e elenco, logo se perdem e a trama agonisa e grita pelo seu fim, urgente. (FraM Martins com Agências internacionais).
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