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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Morre João Havelange, ex-presidente da Fifa, aos 100 anos

Havelange estava internado desde julho para tratamento de pneumonia. Ele  havia completado 100 anos no dia 8 de maio. 

RIO DE JANEIRO, BRASIL - No final do ano passado, Havelange foi internado no mesmo hospital em decorrência de problemas pulmonares. Ele completou 100 anos de idade no último dia 8 de maio. Em nota, o hospital não informa a causa da morte, diz apenas que "a instituição se solidariza com familiares e amigos do dirigente esportivo."

História

O brasileiro com raízes belgas foi um dos dirigentes mais importantes – e também mais questionados – da história do esporte mundial. Havelange foi afastado do esporte em abril de 2013, quando renunciou ao cargo de presidente de honra da Fifa. Dois anos antes, ele já havia deixado de ser membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nos dois casos, Havelange foi acusado – ao lado de inúmeros outros dirigentes – de receber propinas da empresa de marketing ISL em troca de contratos de transmissão para a Copa do Mundo. João Havelange foi eleito para Fifa em 1974, entrando no lugar do inglês Sir Stanley Rous. 

Ele ficou no cargo até 1998, quando foi substituído pelo suíço Joseph Blatter, que só saiu após a série de denúncias de corrupção na entidade.  Segundo o próprio site da Fifa, João Havelange comandou a entidade em um “período de profundas mudanças na organização”. Dentre as principais alterações, está o aumento no número de países na Copa do Mundo (de 16 para 32).

Além disso, o brasileiro ajudou a criar novas competições de futebol. Entre elas, estão os Mundiais Sub-17 e Sub-20, no final da década de 80, e a Copa das Confederações e a Copa do Mundo feminina, no início da década de 90. De acordo com informações da página da Fifa, o número de funcionários da entidade aumentou de 12 para 120 na gestão de Havelange.

Durante a era Havelange, a Fifa organizou seis Copas do Mundo. A seleção brasileira ganhou uma delas, em 1994, nos Estados Unidos. Além de ter feito parte dessa entidade por 24 anos, o carioca também presidiu a CBD, de 1956 a 1974. 

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