Longa metragem de Paulo Machline conta a história de Joãozinho Trinta, desde a entrada no corpo de baile do Theatro Municipal carioca à afirmação como carnavalesco
Primeiro deve-se informar que, quem for ao cinema esperando encontrar os bastidores do histórico Carnaval de 1989 vai ter uma grande surpresa. Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia, o desfile da Beija-Flor que teve ala de mendigos e um Cristo coberto por um pano preto, depois de ser proibido na Avenida por uma ação judicial impetrada pela Igreja Católica, só aparece rapidamente nos créditos finais de Trinta, o filme sobre a vida do grande carnavalesco da escola de samba feito por Paulo Machline, diretor também de um documentário sobre o personagem, A Raça Síntese de Joãozinho Trinta, de 2009, e de Natimorto (com Simone Spoladore e Betty Gofman), outro lançado em 2009.
“O filme nasceu em 2002, quando li um artigo de Carlos Heitor Cony sobre Joãozinho. Como a maioria das pessoas, eu conhecia o carnavalesco. Quis conhecer o homem. Depois de meses o acompanhando para tudo, fiz o primeiro roteiro, um épico abarcando toda a sua vida. Vi que precisava de um recorte e escolhi a história que ninguém conhecia, a da transição dele do erudito para o popular.
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