Em vez dos chefs de cuisine made in Osasco em frente ao Teatro Municipal, fomos ao protesto do Comitê contra genocídio da juventude em busca de atenção e contra o poder público:. Governos ladrões, polícias assassinas, bradavam. São Paulo 460 Anos é isso ai escrito nos cartazes!
Comitê Contra Genocídio da Juventude Preta, indígena Pobre e Periférica realiza ato social na Praça da Sé, neste sábado, 25, quando das comemorações dos 460 Anos da cidade. Polícia, governos municipal, estadual - representado pelas policias civil e militar, o governo federal, são os algozes da juventude preta e periférica e pobre. Os integrantes convocam à massa a repudiar amplamente este tipo de política genocida. Pede também a punição dos envolvidos nos extermínios além de mudanças radicais no caráter da Segurança Pública paulista e brasileira.
Fotomontagem: AgênciaFM |
Em folheto distribuído pelo movimento, uma lista com algumas demandas das populações pretas, indígena para os governos. Entre as solicitações de mudanças, o encerramento do genocídio, procedimentos em hospitais que recebem feridos em confronto. Indenizações e apoio às famílias de vítimas. Pedem também, apurações do funcionamento dos grupos de extermínio; acesso á informações e dados além de elucidações das chacinas. Segue à lista: No parágrafo 8 é solicitado a retirada dos autos de resistência (aprovação PL 4.471\2012). Já no item 15, a PEC (projeto de encaminhamento de Lei) que transfere do Executivo para o Congresso Nacional a função de demarcar terras indígenas. No item 17, há solicitação da desmilitarização das polícias e políticas.
São Paulo, por sua dimensão demográfica é a que mais mata, encarcera no Brasil. Também é o Estado onde mais tem adolescentes cumprindo medida socioeducativa, além do altíssimo índice de mortalidade infantil. O movimento, apresenta suas queixas também contra a não punição do período escravagista no país "jamais alguém foi julgado", diz o panfleto. Porém, segundo seus integrantes, falta diálogo. Solicitam um canal de diálogo com os governos em prol dos problemas indígenas, especificamente, de São Paulo, que tem a quarta população.
A verdade é que, entre queixumes, realidades e alguns exageros, o movimento tem muita razão quando se manifesta contra a mortandade entre os jovens, Também tem razão sobre às policiais - que nada mais são do que organizações criminosas, com apoio dos governos e pago pela sociedade. Os cartazes exprimem bem, não uma revolta mas, uma realidade. (AgênciaFM).
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