Primeira plataforma de pesquisas do Brasil no centro da Antártica, o módulo científico Criosfera 1 completou seu primeiro ano neste sábado, 12.
Uma expedição concluída no dia 4 marcou o momento com a instalação de novos equipamentos e a manutenção técnica da estrutura, totalmente automatizada, sem acompanhamento humano constante e movida a energia eólica e solar.
“O Criosfera 1 é um programa significativo porque, em termos de América Latina, não se tem algo semelhante”, destaca o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias. “O módulo trará resultados positivos para todos aqueles parceiros que contribuem de forma decisiva para transformar a Antártica numa região de pesquisa, pensando o desenvolvimento da ciência e a sustentabilidade do planeta.”
O módulo envia dados por satélite ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), que analisa efeitos de gases poluentes gerados na América do Sul e em outras partes do mundo sobre o continente gelado. Recentemente, a estação do Criosfera 1 passou a integrar a Rede Meteorológica Mundial e a rede do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet/Mapa). “Ou seja, o Brasil agora tem uma estação oficial a 84 graus [de latitude] sul”, diz Simões. “Então, pode-se imaginar que o país tem cobertura de lá até o norte de Roraima.”
A expedição encerrada na semana passada permaneceu um mês na Antártica – 21 dias no acampamento do próprio Criosfera 1, posto latino-americano mais próximo do Polo Sul geográfico, onde temperaturas de 25 graus Celsius (ºC) negativos são comuns em dezembro e janeiro, meses de verão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário