Páginas

domingo, 7 de junho de 2009

Otília Amorim: preferida de Mário de Andrade

Cantora e atriz Otília Amorim nasceu a 13 de novembro de 1894, Rio de Janeiro, e faleceu em São Paulo no ano de 1970.

Otila estudou em colégio de freiras, mas as dificuldades financeira de sua família levaram à interrupção de seus estudos. Sua estréia como artista se deu em 1910, como atriz , no filme Vida do Barão do Rio Branco, de Alberto Botelho. Na seqüência estreou como corista no Teatro de revistas com Peço a palavra, no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Segundo informações, ela era uma completa atriz de revista: Dançava, caricata e representava, era bonita e muito desembaraçada, ou seja, dominava à platéia.

O seu papel de importância foi como Olga, na opereta encenada no antigo Teatro Chantecler. Trabalhou em muitas companhias teatrais, dentre as quais a de Procópio Ferreira, e de Carlos Leal, além de trabalhar com Leopoldo Fróes, com quem excursionou pela Bahia e Pernambuco. Depois, ela ingressou no Teatro São José, onde estreou em 1918, em a Flor do Catumbi, de Luiz Peixoto e Carlos Bittencourt, com música de Júlio Cristóbal e Henrique Sánchez. Em 1919, voltou ao cinema, atuando nos filmes Alma sertaneja e Ubirajara, ambos de Luís de Barros. No ano seguinte, apresentou-se no Teatro São José cantando com grande sucesso, ao lado de Álvaro Fonseca a marcha Pois não, de Eduardo Souto e Philomeno Ribeiro, no quadro Gato, Baêta e Carapicu, na revista Gato, baeta e carapicu, de Cardoso de Meneses, Bento Moçurunga e Bernardo Vivas. Fundou sua própria companhia em 1922, e exibiu-se no Teatro Recreio, para em seguida excursionar por São Paulo e Rio Grande do Sul. Discografia pequena Apesar de ser pequena a sua discografia, é bastante significante para história da música brasileira, pois iniciou em 1931. Tem apenas cinco discos gravados para a Victor, de onde se destacam o samba Eu sou feliz e o samba batuque Nego bamba, ambos de J. Aimberê.

Neste mesmo ano, participou do filme Campeão de futebol, de Genésio Arruda. Ainda na mesma época, gravou do maestro pernambucano Nelson Ferreira, o samba Tu não nega sê homem. Já em 1932 estreou no Teatro recrio a revista Calma, Gegê!, onde interpretou o grande sucesso da temporada, a marcha Gegê, de Getúlio Marinho. No mesmo ano gravou na Columbia a marcha Napoleão, de Joubert de Carvalho. O escritor e pesquisador musical Mário de Andrade, no Compêndio de História da Música, relacionou entre seus sambas preferidos, quatro gravados por ela: Nego bamba, Vou te levar, Eu sou feliz e Desgraça pouca é bobagem. Logo após casar-se com um empresário paulista, deixou a vida artística.

No ano de 1963, recebeu a medalha Homenagem ao Mérito, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, por sua dedicação ao teatro brasileiro. Em 1989, o selo Revivendo lançou o LP Sempre sonhando com interpretações suas e de Gastão Formenti, Alda Verona, Raul Roulien. Fonte: Francisco Martins / Revivendo

Mais sobre artistas antigos em www.formasemeios.blogs.sapo.pt

Nenhum comentário: