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sábado, 31 de março de 2007

'Ó Pai Ó'


'Ó Pai Ó' aposta em humor regional

A película Ó Pai Ó foi buscar inspiração na peça teatral encenada pelo Bando de Teatro do Olodum em anos 1990, "Ó Pai Ó" tenta criar um produto legitimamente regional, no caso, o sotaque e a música baiana. O filme, aliás, prepara o lançamento de uma minissérie na TV Globo, que deve estrear em novembro. Começando como comédia musical, o filme da diretora Monique Gardenberg (de "Benjamim") conta a história de Roque (Lázaro Ramos), aspirante a cantor que, como a maioria dos moradores do Pelourinho, dão duro para viver, sem carteira assinada. O elenco é bem global, e deve chamar atenção dos menos avisados com a tal qualidade de representar. Ou seja, rostinhos bonitos e e jeitinho de ator, e param por aí. Outros personagens do lugar são a dona de bar Neuzão (Tânia Tôko), a imigrante desiludida Psilene (Dira Paes), o motorista de táxi Reginaldo (Érico Brás), dividido entre a mulher grávida (Valdinéia Soriano) e o amante, o travesti Yolanda (Lyu Arisson). Vários outros travestis, camelôs e traficantes povoam esse mundo colorido, sensorial e às vezes perigoso. Se você gosta do gênero,
muita axé music conduz o ritmo da trilha sonora, a partir da insistente canção-título, "Ó Paí Ó" - uma expressão baiana que significa "olhe para isso, olhe - , que dá nome ao filme. Ela é de autoria de Caetano Veloso e Davi Moraes, interpretada pelo próprio Caetano e Jauperi. Mas a trilha também traz Margareth Menezes, Tatau, Mariene de Castro, Banda Calypso e outros artistas. [Lázaro Ramos em foto de Sérgio bianchi]

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