A Agência Nacional do Cinema (Ancine), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), apresenta durante o mês de março uma mostra da mais nova safra de filmes brasileiros dirigidos por mulheres. As sessões serão realizadas na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), na Avenida Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo. A entrada é gratuita. A primeira sessão do evento é nesta quinta-feira (1º), com o tema O Audiovisual Contra a Violência e a Intolerância de Gênero. Serão exibidos o curta Tentei, de Laís Melo, e o longa Legítima defesa, de Susanna Lira, com debate após a sessão.
Programação
Dia 01/03 – às 14h
O Audiovisual Contra a Violência e a Intolerância de Gênero
A violência e as violações de direito ocorrida no contexto das relações de gênero e como a produção audiovisual funciona como uma ferramenta para provocar essas discussões. Exibição dos filmes: Tentei (15min.), de Laís Melo, e Legítima Defesa (78 min.), de Susanna Lira.
Dia 08/03 – às 15h (sessão exclusiva para servidores da Ancine)
Liderança Feminina, Memória e Resistência
A importância das representações do feminino no audiovisual e sua contribuição para formação de uma memória de luta e resistência na nossa sociedade. Exibição dos filmes: O dia de Jerusa (20 min), de Viviane Ferreira, e Mormaço (118 min.), de Marina Meliande.
Dia 15/03 – às 15h (sessão exclusiva para servidores da Ancine)
Visibilidade Trans: mulher trans é mulher.
O preconceito contra pessoas transexuais na sociedade e as dificuldades de inserção e atuação no setor audiovisual.
O preconceito contra pessoas transexuais na sociedade e as dificuldades de inserção e atuação no setor audiovisual.
Exibição dos filmes: Tailor (10 min.), de Calí dos Anjos, e Bixa Travesty (78 min.), de Cláudia Priscilla e Kiko Goifman.
Dia 22/03 – às 15h
Cinema é coisa de mulher
A construção narrativa em filmes de gênero, pensando o espaço ocupado pelos corpos femininos na frente e por trás das câmeras.
Exibição dos filmes: A boneca e o silêncio (19 min.), de Carol Rodrigues, e Animal Cordial (85 min.), de Gabriela Amaral Almeida.
Dia 28/03 – às 15h
Descentralizando as Telas: ações afirmativas de gênero, raça e regionalização no audiovisual brasileiro. A relevância da implementação de ações afirmativas em prol da inclusão e da representatividade de grupos não hegemônicos nas políticas públicas para o setor audiovisual. Exibição dos filmes: Travessia (5 min.), de Safira Moreira, e Café com canela (102 min.), de Glenda Nicácio e Ary Rosa.
Longas-metragens:
Legítima Defesa: A história de três mulheres que, após um histórico de violência doméstica, contrariam as estatísticas e tomam uma atitude extrema: matam o homem que amavam para poderem sobreviver.
Mormaço: O filme retrata a cidade do Rio de Janeiro pré-Olimpíadas, em obras, para contar a história de Ana, uma jovem advogada carioca que se divide entre o trabalho em uma comunidade, um novo amor e uma doença misteriosa.
Bixa Travesty: O corpo político da cantora transexual negra Linn da Quebrada é a força motriz deste documentário que a captura em sua esfera pública e privada, ambas marcadas não só por sua presença de palco acachapante mas também por sua incessante luta pela desconstrução de esteriótipos de gênero, classe e raça.
Animal Cordial: Inácio é o pacato dono de um restaurante de classe média que vivencia um assalto ao seu estabelecimento ao fim do expediente. Em meio ao tumulto, ele precisa encontrar meios de defender os funcionários e clientes da violência dos invasores.
Café com Canela: Após perder o filho, Margarida vive isolada da sociedade. Ela se separa do marido Paulo e perde o contato com os amigos e pessoas próprias. Em determinado dia, Violeta bate à sua porta. Trata-se de uma ex-aluna de Margarida, que assume a missão de devolver um pouco de luz àquela pessoa que havia sido importante para ela na juventude.
Curtas-metragens
Tentei: A coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.
O Dia de Jerusa: Jerusa está fazendo os preparativos para seu aniversário de 77 anos quando recebe a visita de Silvia, uma pesquisadora de opinião que aplica questionários sobre sabão em pó. A pequena visita, estimada para durar apenas 15 minutos, se estende ao longo da narrativa, quando o encontro das duas faz emergir as memórias de um passado translúcido da mais velha.
Tailor: Tailor é um cartunista transgênero que compartilha em sua página na internet experiências de outras pessoas trans e seus desafios dentro da sociedade. Um documentário animado sobre pessoas trans, feito por pessoas trans.
A Boneca e o Silêncio: A solidão de Marcela, uma menina de 14 anos, que decide interromper uma gravidez indesejada.
Travessia: Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume uma postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro.
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