O
audiovisual brasileiro teve um desempenho expressivo em 2016, segundo
dados da Ancine (Agência Nacional de Cinema).
Os 143 filmes lançados,
sendo 97 obras de ficção, são uma marca recorde para toda a
história do cinema brasileiro. Já o total de ingressos
vendidos, que atingiu a marca de 30,4 milhões, é o melhor resultado
desde 1984. A participação de público dos filmes nacionais chegou
a 16,5%, contra 13% em 2015.
O
crescimento do mercado de cinema no Brasil, em 2016, mostrou forte
resiliência frente à crise econômica. Os 184,3 milhões de
bilhetes vendidos em 52 semanas cinematográficas representam
crescimento real pelo oitavo ano consecutivo, com taxas muito
expressivas nos dois últimos anos de recessão. As receitas de
bilheteria superaram R$2,6 bilhões em 2016. Os números incluem
tanto produções nacionais como estrangeiras.
Números
do cinema brasileiro em 201
Os
143 longas-metragens brasileiros lançados no ano passado foram
produzidos por 134 empresas produtoras de todas as regiões do
País.Os
filmes de ficção são maioria entre os lançamentos – 97
ficções, 45 documentários e uma animação.
Entre
os filmes brasileiros, 23 tiveram mais de 100 mil espectadores, 13
mais de 500 mil e sete venderam mais de 1 milhão de ingressos.
A
obra nacional Os
Dez Mandamentos - O Filme atraiu
11,3 milhões de espectadores e ocupou a primeira posição do
ranking com a melhor bilheteria do ano.
Mesmo
tendo estreado no final de dezembro, a comédia Minha
mãe é uma peça 2 alcançou
a segunda posição no ranking dos filmes brasileiros mais vistos em
2016. Em apenas duas cinessemanas, o filme foi o 13º com maior
público do ano, com 4 milhões de ingressos vendidos. O filme segue
em cartaz, já tendo superado os 8 milhões de bilhetes vendidos.
Os filmes para o público
infanto-juvenil Carrossel
2 - O Sumiço de Maria Joaquina e É
fada!,
ficaram na terceira e quarta posições, com 2,5 milhões e 1,7
milhões de espectadores, respectivamente. Merecem destaque também
o premiado drama Aquarius,
com 354 mil espectadores; a ação Reza
a lenda,
com 377 mil, e as cinebiografias Elis,
com 536 mil espectadores; Mais
forte que o mundo - a história de José Aldo,
com 565 mil, e Nise
– o coração da loucura,
com 153 mil espectadores.
O
número de filmes nacionais dirigidos exclusivamente por mulheres
também aumentou: 29 obras, o que representa 20,3% das obras
brasileiras lançadas. Esse percentual é 5,6% maior se comparado ao
ano de 2015, quando foi de 14,7%, e o segundo maior da série
histórica, iniciada em 2009.Com
relação à distribuição dos filmes brasileiros, as
distribuidoras nacionais acumularam 96,4% dos bilhetes vendidos.
A
região Nordeste, com 10%, e Centro-Oeste, com 7%, apresentaram as
maiores taxas de crescimento no número de salas de cinema. O
Nordeste, especialmente, mantém forte expansão de mais de quatro
dezenas de salas anuais há quatro anos consecutivos. 2016
foi um ano de aumento da interiorização dos cinemas: cerca de 80%
das salas incorporadas ao circuito foram abertas no interior. 21
novos municípios receberam seu primeiro cinema. A
digitalização atinge praticamente todo o parque exibidor
brasileiro.
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