Tardelli: recebendo por fora

Suspeitas de que o promotor de justiça RobertoTardelli recebe dinheiro da produção do programa "Brasil Urgente" Promotor atua como consultor e tropa de elite para que nada aconteça ao apresentador: Não acatar denúncia contra o Datena é um dos itens.

Promotor de justiça de São Paulo e integrante da blindagem do apresentador José Luiz Datena "Brasil Urgente", Roberto Tardelli deixa a função pública, paga pelo cidadão paulista para atender o chamamento do amigo apresentador da TV Band, José Luiz Datena.

O relacionamento entre os dois é visto com reservas pois existem fortes indícios de que o funcionário público receberia R$ 3.500 cada  veze que aparecer na tela da Band, Canal 13 em São Paulo. Tardelli e Datena são amigos íntimos dos delegados Guedes e Pedro Luiz Pórrio, que juntamente com mais 8 detetives sequestraram amigas e integrantes do bando do megatraficante Juan Carlos Ramirez Abadía para depois pedir resgate. O Promotor de Justiça já apareceu na emissora Bandeirantes por três vezes só no mês de novembro e, dia 6 de dezembro repetiu a dose para comentar sobre os 56 mil presos que seriam libertados sobre pretexto do induto de natal. O programa "Brasil Urgente", geralmente vai ao ar às 18h00. No dia de sua aparição Tardelli chegou ao local, as 16h45, ou seja, abandonou seu posto para servir aos caprichos do amigo apresentador. E o povo que paga seu salário como fica? Abandonado.

O estatuto do funcionalismo público impede que recebam caixinhas ou salários que não os pagos pela população. Impede também que façam propagandas em revistas ou TV. Mas, o promotor se desloca quando bem entende. Chamado de promotor linha dura por fazer parte dos que lutam contra o crime organizado em São Paulo agora está sob suspeição. "Diz com quem anda e direi que és". A emisora do Morumbi se recusa a falar  do assunto. Datena, o cão raivoso da televisão, este é capaz devorar vivo qualquer um que o pergunte.

Claro que em algum momento o apresentador tem suas razões para encabeçar à pena de morte contra marginais violentos, menos contra ele próprio, Datena. Isso se justifica pois  o filho mais velho de Datena foi [é] viciado em drogas variadas. Hoje, seu filho é estudante de advocacia o que não significa não ser mais usuário. Da mesma forma que não existem ex-gays, ex-viciado também é raro  existir. Aliás, a pena de morte incrustada na mente do apresentador e dublê de jornalista é fruto de sua convivência com Roberto Tardelli e seu outro amigo policial e anunciante da Band, o tal Dr. Nico, e sua pretensão de ser Al Pacino. [Francisco Martins - frammartins@r7.com]