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quarta-feira, 30 de agosto de 2006

HIV aumenta em mulheres acima dos 50 anos

Segundo uma pesquisa encomendada pelo Instituto de Defesa do Consumidor [Idec] o vírus do HIV aumentou em mulheres com mais de 50 anos, as infectadas dobrou entre 1994 e 2004 no Estado de São Paulo.

O estudo realizado pela pesquisadora Lúcia Yasuko Izumi Nichiata, da Escola de Enfermagem da USP, mostra também que esse grupo etário foi o único a apresentar crescimento significativo no número de novos casos nos dez anos analisados: em 1994, foram notificados 103 casos de infecção por HIV; em 2004, subiu para 227. Outra tendência que chama a atenção é que, à exceção do grupo de 50 anos ou mais, em todas as faixas etárias os números de novos casos entre mulheres aumentaram até 1998. Depois disso, começaram a cair. No grupo entre 20 e 49 anos, o número de novos casos se manteve estável (1.530 em 94 e 1.531 em 2004). Embora a população feminina mais infectada pelo vírus esteja na faixa entre 20 a 49 anos e apresente um perfil de baixa escolaridade, o levantamento destaca o aumento dos casos em mulheres não só mais velhas, mas também com maior escolaridade. Em 1987, eram 30 homens para casa mulher infectada. Hoje, essa proporção caiu para dois para um.

O estudo encomendado pelo Idec destaca outras dificuldades enfrentadas por mulheres mais velhas, como o fato de o diagnóstico ser geralmente feito tardiamente. Segundo a pesquisadora, por sofrerem outros problemas de saúde, mulheres mais velhas podem demorar a ter um diagnóstico preciso. A demora na detecção, por sua vez, faz com que o tratamento comece já num estágio mais avançado, o que prejudica o seu sucesso. O estudo destaca ainda que algumas mulheres não tomam as devidas precauções porque elas próprias não se consideram em risco.

Camisinha feminina

Por já estarem fora do período reprodutivo, mulheres mais velhas deixam de se preocupar com métodos contraceptivos e muitas vezes relaxam em relação ao risco de contrair a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Os preços do preservativo feminino, que só é produzido pela empresa inglesa The Female Health Company, podem variar até 100%, de R$ 7,50 para R$ 15,10 em julho de 2005, segundo dados citados na própria revista do Idec, com base em pesquisa realizada no ano passado. [Foto: www.bbcbrasil.com.br ]

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