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terça-feira, 13 de março de 2007

Goya no Masp


Gravura de Goya da série Os Caprichos: crônica de uma Espanha em transformação

Um dos poucos gênios da arte que foram tão compromissados com seu tempo e seus ideais quanto o espanhol Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828); nos palácios, acolhido por monarcas encantados com os padrões decorativos e os retratos que produzia, seja fora deles, onde encontrava temas para uma crônica visual da época, o pintor e gravador manteve um olhar atento ao que o circundava. Isso incluía rir do ridículo de uma nobreza em decadência ou flagrar os costumes sociais. Goya efetivou boa parte dessas representações em quatro séries de gravuras.

A primeira leva, criada em 1799, chamou-se Os Caprichos e satirizava os vícios da sociedade espanhola. Seguiram-se Desastres da Guerra, calcada nas invasões napoleônicas, Tauromaquia, voltada às touradas, e, por fim, Provérbios e Disparates, de contexto surreal. A partir de domingo (18), o Masp mostra conjunto completo de 218 peças pertencentes à instituição espanhola Caixanova. Em comum aos trabalhos, o tom sombrio e muitas vezes cruel é resultado também de uma doença rara que deixou Goya surdo até o fim da vida. [À esquerda autoretrato, e acima " Os Caprichos]

Masp. Avenida Paulista, 1578, 3251-5644, Metrô Trianon-Masp. Terça a domingo, 11h às 18h. R$ 15,00. A bilheteria fecha às 17h.

Grátis às terças e nos demais dias para menores de 10 anos, pessoas com mais de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas agendados ( 3283-2585). Até 20 de maio. A partir de domingo (18).

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