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sábado, 17 de março de 2007

Casa Museu de Portinari


Um dos mais conceituados artistas de sua época oferece oportunidades para aqueles que não enxergam de conhecerem sua genialiade.

A Casa Museu de Portinari, em Brodowski, interior paulista - abre suas portas para oferecer aos que não enxergam, as possibilidades de sentirem a profundidade de suas obras. Os quadros e os murais da casa onde o pintor nasceu, tudo está adaptado para portadores de deficiencias físicas e visuais, as hitórias de várias obras estão em braile. Há reprodução em audio, também. O pintor acreditava que arte além de pedagógica, seria a única arma contra as desigualdades sociais. A Capela da Nona, é o único espaço limitado aos visitantes não portadores de deficiencia, mas já os portadores de deficiencias podem ver e sentir ainda mais através de suas grandezas de espírito ao ler reproduções dos afrescos da capela. Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de ão Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas telas o povo brasileiro , superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a anti-acadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.

Candido Portinari produziu mais de 4500 trabalhos, entre pinturas, murais, painéis, telas e gravuras. Ele soube registrar emocionadamente o homem - especialmente o homem brasileiro. A terra - trabalhada e sofrida - uma aguçada nostalgia da infância. O drama e a poesia, o trágico e o lírico nortearam suas obras.
Mestre em todas as técnicas Portinari se utilizou também do desenho, carvão, óleo com pincel seco e nanquim a bico-de-pena, até chegar a lápis de cor, o quadro e a aquarela. Na gravura a Água forte, a Ponta-seca, monotipia, a iconografia, litografia e a serigrafia. Portinari foi antes de tudo, um inovador. Em 1913, aos dez anos Portinari faz seu primeiro desenho conhecido, o “Retrato de Carlos Gomes”.Entre 1923 e 1924, pintou uma tela de grande dimensões, fugindo aos padrões de escola: é o Baile na Roça. O júri anual da Escola de Belas Artes o recusa. Com padrões comportados pinta o retrato de Olegário Mariano - ganha o prêmio de viagem para a Europa. A obra O Mestiço, de 1934, foi a primeira pintura de Portinari adquirida por instituição pública - a pinacoteca do Estado. Entre 1952 e 1956, Portinari realiza os painéis Guerra e Paz para a sede da ONU (Organização das Nações Unidas), nova York. Neles não há mais o Portinari da pequena aldeia de Brodósqui, Paris ou Rio de Janeiro, e sim o Portinari sem fronteiras, um Portinari Universal. Na obra O Descobrimento do Brasil, 1954 - a movimentação intensa dos grupos sugere o eminente desembarque para a posse da terra. Em 1944 e 1945, realiza os trabalhos para a igreja da pampulha em Belo Horizonte.


SERVIÇO

Praça Candido Portinari, 298
Brodowski - SP
CEP: 14340-000
FONE/FAX :(016) 3664-4284
museu@casadeportinari.com.br

Visitação pública
Terça a Domingo
9:00h às 17:00h

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